O silêncio
paira. O único som audível na calada da noite são os latidos do seu coração.
Diante dos ocorridos, estranha a sensação de paz. Mergulha em evidências e
boceja pensante. Sua fábula é imoral. Seus lábios experimentam o sabor de estar
viva. Então, sorri. Abre a porta, que dá acesso à varanda, como se escancarasse
seu coração; se desnuda. Admira o céu e agradece mentalmente por saber be. Seu horóscopo denuncia o seu egocentrismo: não nasceu para dividir. Sua
visão se enturva. Adormece dando fim aquela insanidade proferida. Esquecimento.
Nunca valorizou frutas mordidas. Plenitude, outra vez.